Nas férias que me afoguei.

Que o calor do teu corpo moreno possa ficar novamente em contato com a minha pele de neve, porque a fome que deveríamos ter saciado nos poucos dias em boa companhia, só me serviram pra abrir o apetite.
Conheci a ti primeiramente em poesia e só quando sua respiração fundiu com a minha, pude perceber que a menina dos cabelos compridos que tanto já detalhei em meus versos é real. Talvez com o gosto musical um pouco conturbado e com o sotaque mais puxado porém com o mesmo dom de me deixar extasiada a cada sorriso estampado na cara e de acorrentar meus pensamentos ao dela. A culpa não é minha… Provavelmente é do Arpoador e de toda a magia que a natureza despeja pelas suas ondas. Ondas que quebram ao vento contínuo e são capazes de paralisar o tempo de qualquer  menina sonhadora. De volta a realidade aqui cidade Cinza a minha vida se pinta um bocado a cada vez que ouço sua risada ecoando pela minha memória, agora sem retalhos preto e branco. Trancada nos meus desejos, pergunto-me como que ela pôde dar atenção aos meus olhares e afetos tendo aquela cidade maravilhosa por inteira. Arrisco: Trilha pelas curvas do meu corpo e prenda uma pequena no teu cais inquieto, morena.

0 thoughts on “Nas férias que me afoguei.

  1. Pega esse teu blog e faz um livro que eu juro que compro sem sequer perguntar o preço, que é pra andar com ele pra cima e para baixo e ler essas coisas lindas que você escreve sempre que o dia ameaçar chover.

    O Rio, o amor, tuas palavras, me sinto imensamente leve quando venho aqui, de verdade.

    Beijos, Letícia.
    eraoutravezamor.blogspot.com
    semprovas.blogspot.com

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