“Deve estar por aí ou será que nem me conhece?”

Fixava seu olhar nas gotículas de chuva na janela gelada e com seu indicador esquerdo riscava uma enorme estrela. Embora já tenha navegado pelos Sete Mares, não era uma estrela do mar, era uma cadente. Pedia porém, encarecidamente que sua vida não corresse tão depressa quanto a tal estrela, pois havia tanta coisa a ser feita que não deveria nem estar parada naqueles únicos minutos. Brilhar, brilhar, brilhar! Seu desejo explodia pelos olhos ao avistar o mar negro que estava o céu naquela noite. Sabia porém, que a escuridão era tão momentânea quanto a falta de estrelas, pois energias Cósmicas eram espalhadas por todo o universo diariamente. Sorria ao pensar gloriosamente que fazia parte do universo. Havia em seu nobre coração um punhado de luz que alcançava desde a rua de sua pequena cidade até a Galáxia mais distante. Deitou-se em sua cama nesse exato momento ao som de Beirut enquanto eu aqui (talvez ou não) do outro lado do mundo escrevo sobre as curvas perigosas do seu corpo angelical. Escrevo por não ter pressa da vida, ajoelho e emano meu pedido para que ele chegue em formato de sonho, onde quer que ela esteja e quem quer que ela seja: Espere por mim, menina.

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