– Espera mais um minuto?
– Não tem mais o que dizer…
– Não diz. Mas espera.
– Não quero ficar olhando pra você. Dói.
– Fecha os olhos.
– Ainda dói.
O garoto chegou perto da menina que permanecia de olhos fechados, beijou-lhe a testa, respirou fundo e disse:
– Não precisamos piorar a situação… Correntes quebradas não machucam, libertam.
– Posso ir agora?
O garoto deu as costas e saiu andando na praça iluminada pelas estrelas.
A garota ficou.
Como todas as vezes.
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